Como já referi no post anterior, realizou-se, entre os dias 12 e 14 de Abril, a iniciativa Inconformação 2013, na sede do BE-Porto. A manhã do dia 13 foi preenchida por Francisco Louçã e a "História da Esquerda e dos Movimentos Sociais".
A parte da tarde teria como início dois painéis: "Pornografia e Feminismos", com Pedro Pinto (investigador, Universidade do Minho), e "A ameaça digital: Internet, risco e desigualdades", com Nuno Moniz (eng. informático) e Fernando Pedro (eng. informático). Como devem calcular não tive que fazer grande esforço mental para decidir a que painel iria assistir.
Sempre com um toque de filosofia, sociologia e psicologia, Pedro Pinto abordou, essencialmente, a posição das diferentes correntes feministas em relação à indústria pornográfica - de um lado os grupo conservadores e anti-pornografia, do outro os grupos anti-censura e anti-anti-porno (sim, foi este o termo usado). Quanto às correntes anti-pornografia, Catherine McKinnon e Andrea Dworkin foram as mais visadas como motivo de crítica, pois segundo os seus textos e estudos mostram-se ultra-conservadoras, ultrapassadas e colocam a mulher na pornografia como um objecto mal tratado por, como exemplo, pénis gigantes. Irónico é que até as suas leis anti-pornografia se viraram contra elas próprias em diversas situações. As correntes feministas anti-censura do País Basco foram trazidas à baila, passo a expressão, por um dos presentes e Pedro Pinto, conhecedor dos vários movimentos, mostrou-se até empenhado em querer trazer essas mulheres ao nosso país.
Sempre com um toque de filosofia, sociologia e psicologia, Pedro Pinto abordou, essencialmente, a posição das diferentes correntes feministas em relação à indústria pornográfica - de um lado os grupo conservadores e anti-pornografia, do outro os grupos anti-censura e anti-anti-porno (sim, foi este o termo usado). Quanto às correntes anti-pornografia, Catherine McKinnon e Andrea Dworkin foram as mais visadas como motivo de crítica, pois segundo os seus textos e estudos mostram-se ultra-conservadoras, ultrapassadas e colocam a mulher na pornografia como um objecto mal tratado por, como exemplo, pénis gigantes. Irónico é que até as suas leis anti-pornografia se viraram contra elas próprias em diversas situações. As correntes feministas anti-censura do País Basco foram trazidas à baila, passo a expressão, por um dos presentes e Pedro Pinto, conhecedor dos vários movimentos, mostrou-se até empenhado em querer trazer essas mulheres ao nosso país.
A questão das violações não foi esquecida e tais grupos de censura defendem que a principal causa de crimes sexuais provém da pornografia. A realidade mostra o contrário, pois é em países onde a indústria pornográfica é ilegal ou menos disseminada que mais violações e/ou, consequentes, homicídios acontecem. Por outro lado, nunca foi descurado ou esquecido que há crime dentro da indústria pornográfica, nomeadamente tráfico humano.
O debate, na sua fase final, ficou marcado, principalmente, pela discussão sobre Educação Sexual: por que é que Portugal não tem formação sexual nas escolas, qual é o conteúdo da Educação Sexual para além do sexo em si (DSTs, corpo, etc.), o fracasso da pouca formação existente que não sai da colocação do preservativo ou do consumo de pílula, o risco de os jovens não descobrirem por si próprios a sexualidade devido à formação sexual imposta pelas escolas.
Deixo ainda um documento elaborado por Pedro Pinto, Maria da Conceição Nogueira e João Manuel de Oliveira que foi editado numa revista brasileira com o título "Debates Feministas Sobre Pornografia Heteronormativa: Estéticas e Ideologias da Sexualização".
(o resumo sobre o último painel de debate, no dia 13 de Abril, do Inconformação 2013 será lançado de seguida)
(Link sobre o evento: aqui.)
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