Realizou-se entre os dias 12 e 14 de Abril a iniciativa Inconformação 2013, desta vez na Sede do BE-Porto. Fui até lá no sábado, dia 13, dia esse repleto de conferências bastante interessantes e ricas em debate - pensava eu, e pensei bem.
Pela manhã, recebemos Francisco Louçã para falar da "História da Esquerda e dos Movimentos Sociais". No conteúdo da primeira parte não faltou, como é óbvio, Marx e Hengels, bem como uma passagem por todas as quatro Internacionais. A Revolução Bolchevique, bem como a Longa Caminhada Chinesa, foram dois dos grandes marcos da História que mostraram ao mundo da época que o Socialismo iria proliferar com mais ânimo e relevância fora da Alemanha, ao contrário do que era esperado ou querido. Na realidade, o Socialismo, em terras germânicas, visionado por Marx ou Hengels foi dizimado com a implementação do III Reich.
Noutro momento - agora de partilha -, Francisco Louçã fez questão de revelar alguns episódios da sua vida sobre encontros com revolucionários latino-americanos, incluindo o brasileiro Luís Carlos Prestes.
Como não podia deixar de ser, o Bloco faz parte da História da Esquerda e os tempos iniciais de construção do partido/movimento foram relembrados.
Como não podia deixar de ser, o Bloco faz parte da História da Esquerda e os tempos iniciais de construção do partido/movimento foram relembrados.
Quanto aos Movimentos Sociais - a conversa já estava a caminhar até aí - ficou o aviso de que é nestes momentos de pressão que, muitas vezes, a dispersão vence a união. Isto é, num momento em que todos nos devíamos juntar num só e lutar contra o adversário comum, é possível que apareçam nichos aqui e ali - o que, diga-se, não é nada bom para derrotar a troika. Exemplo vivo disso é a quantidade de partidos de Esquerda que surgiram após o 25 de Abril. Ficou ainda implícito, mais uma vez, que Bloco de Esquerda não é uma coligação entre PSR, UDP e Política XXI, mas sim um partido.
Chegada a altura do debate, os temas não foram originais, mas sempre bem recebidos para conversa e partilha de visões. Comentou-se a luta pelo Socialismo, a factura que o BE está a pagar por não ter ido falar com a troika há 2 anos ou o hipotético cenário de um Portugal fora da moeda Euro - frisando-se sempre que o Bloco é um Partido Europeísta de Esquerda que se quer manter na Zona Euro (ao contrário do que os populistas de direita querem fazer crer a todo um Povo).
(os restantes painéis de discussão que tiveram lugar no Inconformação 2013 serão resumidos noutros posts que deverão surgir de seguida)
(Link sobre o evento: aqui.)
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