domingo, 22 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Uma discussão que demorou anos.
Reviravoltas. Algumas delas impensáveis.

"Prefiro ver-te com outra pessoa do que passar por tudo outra vez."

Nunca tamanha verdade foi dita com tanta dose de mentira.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Convulsões Cerebrais de 3 de Janeiro de 2012

03 de Janeiro de 2012, pelas 5 da manhã...

O texto que se segue tem um início pouco definido, um meio pautado pelo desanexo e um fim com conclusões pobremente esclarecedoras. Eis que:

Apetece-me tudo e não me apetece nada. Quero tudo e não tenho nada. Tenho tudo e não quero nada.

Apetece-me pegar numa mulher e gastar 80, 90, 100 euros num hotel, numa noite. Sem justificação, apenas com vontade. Acabo por me deparar com uma lista de contactos do telemóvel demasiado curta ou a oportunidade numa daquelas noites foge como as enguias a serem amanhadas sem areia. (Surgiram-me estes pensamentos após travar conhecimento com Tânia Dulce, a sedutora e airada personagem de “Longe É Um Bom Lugar”, o novo livro de Mário Zambujal.)

Até as mulheres gostam mais de porno do que os homens!

Masturbação!

Palavra tão pesada para uma tão leve e afincada prática. Deixem-se de muros altos com estilhaços de vidro colados no topo: são os homens que mais falam, mas são as mulheres que já não passam sem isso. Aquele mundano e caloroso jorrar de fluidos e prazeres solitários.

Inúmeras raparigas sentem-se (ou fazem-se sentir) tão repugnadas quando um amigo ou um simples transeunte noctívago fala abertamente de um broche, mas depois, à noitinha e de portátil quente ao colo, lambuzam-se todas a ver belos trabalhos bocais e linguísticos tão gloriosamente executados por artistas como Tori Black ou Lexi Belle; há até aquelas que não dispensam as performistas mais hardcorianas como Tory Lane, Alexis Texas ou Kagney Linn Karter.

Pergunto-me por que é que Mário Zambujal escreveu palavras como «jines», «séxi» ou «partetaime» no seu novo livro de histórias, estórias e historietas.

Cada vez mais, detesto a hora de ir para a cama. Como diria o ilustre ilusionista Luís de Matos: dormir é uma perda de tempo. Cada vez mais, detesto aquela depressão de final de dia, o esgotamento de mais um dia vazio que passou. Geralmente, e particularmente nos mais religiosos, existe o medo de não se acordar, pois eu costumo ter medo de não conseguir adormecer. Rebolo para aqui, rebolo para acolá; está calor debaixo dos lençóis, tiro um braço e o corpo gela; acordo de meia em meia hora, muitas vezes a perguntar afundado no escuro “onde estou?”.

De todas as noites que o meu gato fica na rua, por que raio decidiu hoje miar desalmadamente no terraço? Oh pá, embrulha-te aí em qualquer coisa e cala-te, caralho!

Caralho… tão português!

“Chupa-me o caralho!” ou “Põe-te no caralho!” é feio, directo, autoritário e, possivelmente, desagradável.

“Que noite do caralho!” ou “Onde está o caralho do whisky?” é jovial, divertido, honesto e cómico.

Dizia no início que me apetece tudo e não me apetece nada, quero tudo e não tenho nada, tenho tudo e não quero nada. Nem eu sei bem o que isto quer dizer.

Eu próprio não percebo onde quero chegar.

Não me querendo comparar a nenhum Terry Gilliam, o “Fear And Loathing In Las Vegas” com os inequívocos Johnny Depp e Benicio Del Toro é um mashup de ideias toxicodependentes sem pontas fixas e foi o que foi…

Desenganem-se aqueles que auguram dizer que isto foi uma tentativa de intelectualidade hipster ou humor fora do normal. Isto não foi mais do que cuspidelas aleatórias em que não foi mostrada a menor preocupação onde iriam cair.

Se acham que isto foi mau, tentem ouvir a Odete Santos durante 30 segundos.

Mais vale um cú mal limpo do que um cú mal fodido.

Tirem as vossas conclusões.

(PS: quanto ao feedback, se o houver, espero que seja tão mau ou pior como a merda escrita acima.)