Há dias atrás escrevi aqui um texto intitulado "Franquelim Alves, o novo protegido do governo" e hoje volto a escrever sobre o Frank - desta vez não só como protegido, mas também como herói e um homem antes do seu tempo.
Afinal, os heróis do caso BPN não são os deputados que exigiram ouvir os protagonistas, nem são os contribuintes que agora pagam o buraco de 4 mil milhões de euros que pode chegar aos 7 mil milhões.
O herói é, nada mais nada menos, Franquelim Alves! Segundo o Ministro da Economia - mais conhecido por Álvaro - é por homens como Frank Alves que as fraudes do BPN começaram a ser desmascaradas. Será mesmo isso ou será que afinal ele sabia das coisas, mas não as relatou? Pelo menos é isso que ele deu a entender aquando da sua audição na comissão de inquérito da AR. O Álvaro até disse que foi o próprio Franquelim que escreveu uma carta ao Banco de Portugal a denunciar incongruências - ao que se sabe a sua assinatura não consta nessa carta.
A parte heróica de Frank está desmitificada. Agora vem a parte em que ele é um homem antes do seu próprio tempo.
Franquelim Alves nasceu em 1954 e, em 1970, aos 16 anos já era auditor e consultor da Ernst & Young, uma das empresas do Big Four da consultoria mundial. Só há um problema... Essa empresa foi fundada em 1989! Qual Robert Zemeckis qual quê! Franquelim Alves - Frank no seu cenário Hollywoodesco - é o verdadeiro Michael J. Fox.
Por tudo isso, não se admirem que aconteça o tal linchamento público e político. É que, ao fim e ao cabo, nem se trata de linchamento, mas exposição de factos. O próprio governo é que se pôs mesmo a jeito... Agora vão buscar as canas que os foguetes já estão a ser lançados por nós.
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