Os
acontecimentos têm sido tantos e o tempo tem sido tão escasso! Muito
trabalho (sim, sou um felizardo com emprego) e alguns problemas de saúde
afastaram-me dos meus comentários mordazes aqui pelo blog.
Como
alguns de vós deverão saber, colaboro com o programa "9idades Às6", da
Rádio Ás (webrádio comunitária de Aveiro) através da minha rubrica
"Quer-me Parecer Que..." e é nesse espaço que faço o resumo das semanas
que têm passado. Como o tempo disponível para aqui escrever tem sido
mesmo pouco, o que vou fazer é deixar-vos, praticamente na íntegra, a
minha última intervenção radiofónica que decorreu no passado domingo, 07
de Julho de 2013.
É só mesmo para não acharem que isto está morto...
Quem se lembra de uma greve de professores quando temos o
Rabaça Gaspar a demitir-se? Quem se lembra de uma greve geral quando temos um
espectáculo circense entre Passos Coelho e Paulo Portas?
Quanto à greve geral quero só frisar algumas coisinhas… A
CGTP diz que foi excepcional, a UGT é sempre mais cautelosa e o desgoverno é
sempre a vítima. Na voz do ministro Marques Guedes, o governo respeita a greve,
mas agradece àqueles que acederam ao seu direito ao trabalho. Mas que grande
lata, oh Marques Guedes! Quer-me parecer que isto passa bem por um insulto ao
quase milhão e meio de desempregados.
Por Aveiro, Ribau Esteves continua a lutar pela sua corrida
à Câmara Municipal como se não houvesse amanhã – até o PPM se juntou à
coligação. E parece que Élio Maia vai como independente após uma carrada de
CDSs se terem demitido. Quanto a Ribau: tanta coisa com amor a Ílhavo e aos
Ilhavenses, mas quer-me parecer que quando chega a hora do tacho e da ganância
do poder quem quer saber da terra e dos conterrâneos? Tá boa, Ribau, até te
fazem cantigas de marchas populares e tudo.
Mas o mais excitante foi mesmo a demissão, à terceira, de
Vítor Gaspar. Tanto oleou que lá passou! O que há a reter da sua carta de
despedida é que os credores estão primeiro e só depois as pessoas, um ministro
que devia negociar mas não tinha mandado para tal e que a sua credibilidade
estava minada. Calma, Gaspar, não era preciso seres tão agressivo contigo mesmo
e com o parceiro Passos, és um homem coerente… Isto é, falhavas sempre as
previsões – há que dar crédito a tanta coerência, a malta é que não ficou muito
contente. Aqui está um exemplo de que coerência nem sempre é uma qualidade.
Eu disse que isto foi excitante? Não, não… Paulo Portas e
sua birrice é que foi deveras excitante! E ainda está a ser! …Mas já repararam
que digo sempre Paulo Portas em vez de apenas Portas? É que havia outro Portas,
que era Miguel e eu não quero cá misturas. O certo é que, infelizmente, morreu
o Portas errado – o que fazia mais falta.
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