Procuro o chão, mas não existe
Em vão, só a alma resiste
Último esforço já tardio
Nas minhas mãos, o oco vazio
Cada fútil tentativa de respirar
É uma bala no peito a perfurar
Cada memória esquecida, agora relembrada
É a ânsia de redenção evocada
Escuro, negro como breu
A vontade de viver cedeu
As forças começam a fugir
Para outro lado é o caminho a seguir
Já me sinto a adormecer
Em breve vou desaparecer
Sinto o extremo da leveza
Uma inquietante delicadeza
Já encarei o julgamento
Acabou-se o sofrimento
Conquisto a morte
Já que a vida em nada me deu sorte
sábado, 9 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Derreto a paixão depois de tudo ser refutado
Entrego-me à razão de um suspiro fustigado
Castro a imponência desse olhar inigualável
Que corrói o manto grosso dum sentimento inesgotável
Lanceto o último degrau que está tão perto
Arranco a cavilha que mantém este aperto
Rasgo com os dentes a saliva do beijo que me cega
E estupro a alma em decadência que segura esta refega
Depois da pureza incerta e alucinante
Lavo-me na água salitrada que torna a pele suplicante
Depois da respiração alternada com gemido
Lanço-me a um rio de brasas onde o que sinto é punido
Encerro em mim o velório do presente passado
Numa marcha lenta em honra de um corpo desolado
Adornos monumentais compõem a velhinha carreta
E aconchegando a miséria nua baila uma mortalha violeta
Entrego-me à razão de um suspiro fustigado
Castro a imponência desse olhar inigualável
Que corrói o manto grosso dum sentimento inesgotável
Lanceto o último degrau que está tão perto
Arranco a cavilha que mantém este aperto
Rasgo com os dentes a saliva do beijo que me cega
E estupro a alma em decadência que segura esta refega
Depois da pureza incerta e alucinante
Lavo-me na água salitrada que torna a pele suplicante
Depois da respiração alternada com gemido
Lanço-me a um rio de brasas onde o que sinto é punido
Encerro em mim o velório do presente passado
Numa marcha lenta em honra de um corpo desolado
Adornos monumentais compõem a velhinha carreta
E aconchegando a miséria nua baila uma mortalha violeta
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